sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FDA nega pedido da indústria de suco de permitir mais fungicida

O FDA, órgão dos Estados Unidos para alimentação e medicamentos, negou um pedido da indústria de suco de laranja para mudar o nível de tolerância para o fungicida carbendazim nas importações do produto.
A indústria brasileira havia pedido que o FDA tolerasse maiores níveis do fungicida, até junho de 2013, enquanto o Brasil se adapta à regra norte-americana, passando a utilizar outro agroquímico.
O carbendazim é ilegal nos EUA, mas usado para combater doenças fúngicas nos pomares do Brasil, o maior exportador de suco de laranja do mundo. O agroquímico é permitido em importações da União Europeia, o maior comprador do país.
Uma fonte do mercado de suco brasileiro, que pediu para não ser nomeada, disse que produtores teriam de exportar o suco como não-concentrado, como têm feito desde que começaram os testes do FDA em janeiro, até que o agrotóxico seja eliminado dos estoques de suco brasileiro.
"Nós decidimos exportar apenas não-concentrados até que isso seja resolvido, e vai continuar assim", disse.
"Até o final do ano é provável que as coisas tenham voltado ao normal e nós exportemos suco concentrado (aos Estados Unidos) de novo", disse.
A fonte disse que empresas de suco do Brasil teriam de revisar contratos de demanda por suco concentrado com importadores baseados nos Estados Unidos.
Futuros de suco de laranja têm estado bastante instáveis desde que o FDA começou a testar importações do produto após a Coca-Cola alertar a agência sobre a presença de carbendazim, que foi banido nos Estados.
Fonte: Reuters | Disponível em: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE81F0E720120216

Estudo encontra arsênico em fórmulas infantis e barras de cereais orgânicas vendidas nos EUA


Americanos que imaginam seguir uma dieta mais saudável pelo fato de consumir produtos orgânicos devem se preocupar: estudo publicado no periódico Environmental Health Perspectives mostrou que barras de cereais e fórmulas infantis que levam o rótulo de orgânicos contêm arsênico, substância que pode aumentar o risco de câncer.
O estudo apontou a presença do composto no xarope de arroz integral orgânico, ingrediente que em geral é usado como alternativa mais saudável ao xarope de milho.
Foram analisadas 17 fórmulas infantis, 29 barras de cereais e três xaropes energéticos comprados em lojas de orgânicos de New Hampshire. As marcas não foram divulgadas no estudo, por isso não há como saber se alguns desses produtos são vendidos em lojas brasileiras.
Os resultados indicam que algumas barras de cereais têm concentrações 12 vezes maiores que o limite permitido pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente do país para a água, de 10 partes por bilhão (ppb).
A exposição crônica ao arsênico é associada a risco de câncer de bexiga, pulmão e pele, além de diabetes e doenças cardiovasculares, segundo a agência.
O pesquisador Brian Jackson, do Darmouth College, em Hanover, afirmou que não está claro se a quantidade de arsênico presente nos derivados do arroz pode ser prejudicial à saúde, mas a presença do composto em alimentos infantis preocupa. Ele recomenda que pais evitem comprar produtos com o ingrediente.
Duas das fórmulas infantis que possuem o xarope de arroz integral como base apresentaram níveis de 20 a 30 vezes maiores que o de outras marcas.
Vinte e duas das barras de cereais continham pelo menos um derivado de arroz, e níveis de arsênico que variaram de 23 a 128 ppb. Os produtos que não possuem arroz na formulação apresentaram níveis bem menores, de 8 a 27 ppb.
Os pesquisadores também analisaram três marcas de xaropes energéticos, produtos não muito populares no Brasil. Todas continham xarope de arroz integral na fórmula e apresentaram de 84 a 171 ppb de arsênico. Se uma pessoa consumir quatro desses produtos vai ingerir 10 microgramas de arsênico, quantidade equivalente a um litro de água com as concentrações máximas permitidas do composto.

Arroz
O arsênico ocorre naturalmente no meio ambiente e também pode ser resultado da atividade humana, já que alguns pesticidas contêm a substância. A planta do arroz absorve arsênico com muita facilidade, não só por sua fisiologia, mas também porque áreas cheias de água, onde ocorrem as plantações, são mais propensas a apresentar o composto.
 Outra pesquisa recente, feita por Andrew Meharg, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, mostrou que o arroz produzido nos EUA (especialmente no sul) tem um dos níveis mais altos de arsênico do mundo, e alertou que fórmulas infantis vendidas no país são feitas com esse alimento.
É considerado comum que o arroz contenha 100 ppb de arsênico, mas foram encontrados níveis acima de 2.000 ppb em amostras adquiridas nos EUA e no Japão.
 A quantidade de arroz consumida capaz de afetar a saúde é desconhecida. Mas estima-se que ingerir 10 gramas de arsênico ao longo da vida aumente o risco de doenças como câncer. Para alcançar essa quantidade, seria preciso comer uma tonelada de arroz.
 O FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta alimentos e drogas nos EUA, afirma que limita a quantidade de arsênico na água e considera o assunto uma questão de saúde pública. Ainda que os níveis encontrados no arroz sejam maiores que os achados na água, é muito difícil que alguém consuma o alimento na mesma proporção que bebe água.

A Bioagri Alimentos- Silliker realiza análises de metais pesados. Para obter mais informações, consulte nossa equipe técnica pelo email: alimentos@bioagrialimentos.com.br  ou telefone  (11) 5645-4700.

São Paulo volta a participar do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos


O estado de São Paulo voltou a integrar o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão foi tomada em reunião, realizada nesta quarta-feira (8/2), entre a Agência e o Centro de Vigilância Sanitária (CVS-SP) do referido estado.
Com essa ação, o PARA passará a monitorar a quantidade de resíduos de agrotóxicos em alimentos em todos os estados do país. “Consideramos um grande avanço para o Programa, pois o estado de São Paulo tem a maior população do Brasil e grande importância na produção agrícola e na distribuição de alimentos para vários estados”, exalta o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.

Encaminhamentos
Durante a reunião, ficou acordado que a Anvisa irá realizar uma capacitação sobre o Programa para os fiscais do CVS-SP entre os dias 5 e 9 de março. “Como resultado, já estão programadas coletas de amostras de alimentos nos mercados paulistas ainda no primeiro semestre”, explica Álvares.
Além de representantes da Anvisa e da CVS-SP, participou da reunião o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Marcos Boulos.

PARA
O objetivo do PARA, criado em 2001, é garantir a segurança alimentar do trabalhador brasileiro e a saúde do trabalhador rural. O Programa funciona a partir de amostras de alimentos coletadas pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios em supermercados.
Em 2010, o Programa monitorou os resíduos de agrotóxicos em 18 culturas: abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate. Apesar de as coletas não serem de caráter fiscal, o PARA tem contribuído para que os supermercados qualifiquem seus fornecedores e para que os produtores rurais adotem integralmente as Boas Práticas Agrícolas.
Além disso, motivou a criação do Grupo de Trabalho de Educação e Saúde sobre Agrotóxicos (GESA). Integrado por diferentes órgãos e entidades, o Grupo tem como objetivo elaborar propostas e ações educativas para reduzir os impactos do uso de agrotóxicos na saúde da população, implementar ações e estratégias para incentivar os sistemas de produção integrada e orgânicos e, no caso dos cultivos convencionais, orientar o uso racional de agrotóxicos.
O trabalho do GESA já resultou na publicação de uma cartilha educativa com dicas de como evitar intoxicações por agrotóxicos e com informações sobre o uso seguro desses produtos. No total, foram impressos 20 mil exemplares da cartilha, distribuídos aos órgãos de vigilância sanitária estaduais, Associação Brasileira de Supermercados, Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) | Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/imprensa

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

São Paulo sanciona lei que obriga fast food a divulgar tabelas nutricionais de alimentos


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou nesta quinta-feira (2) a lei nº 14.677, que obriga todas as redes de fast food do Estado de São Paulo a informar aos consumidores as tabelas nutricional e calórica das refeições. Os estabelecimentos terão até o final de abril para se adaptar à nova regra.

As informações sobre quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio de cada alimento devem ser divulgadas em painéis, embalagens, cardápios ou folhetos. A lei prevê multa de cerca de R$ 7.000 aos estabelecimentos que descumprirem a norma. A Vigilância Sanitária será responsável pela fiscalização.
Na avaliação do deputado estadual Alex Manente, autor da lei, a medida permite que o consumidor se atente a um cardápio mais saudável e evite doenças relacionadas à má alimentação.

Surto de Norovírus atinge quase 500 pessoas em dois navios dos EUA durante cruzeiro no Caribe


Pelo menos 499 pessoas foram infectadas por Norovírus em dois navios da empresa norte-americana Princess Cruises, segundo informou a rede de televisão CNN. As duas embarcações realizavam cruzeiros pelo mar do Caribe.

O surto acometeu os viajantes dos navios Ruby Princess e Crown Princess. No sábado, o Crown Princess, que levava 3.100 passageiros, retornou à costa de Fort Lauderdal, na Flórida, no sul dos Estados Unidos, após o surto viral ter sido detectado. Pelo menos 364 passageiros e 30 tripulantes estavam doentes.

No domingo, foi a vez do Ruby Princess retornar à Flórida, com 92 passageiros e 13 tripulantes infectados com o vírus. O porta-voz da empresa, Julie Benson, afirmou que a Princess Cruises está investigando as causas do surto junto com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Os dois navios foram limpos e já retornaram ao mar.

O Norovírus é comum em cruzeiros e provoca diarreia, vômito e dor de estômago nos infectados. O vírus é transmitido pela água ou comida ou então por meio do contato com superfícies contaminadas.

Fonte: UOL | Disponível em: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2012/02/05/surto-de-norovirus-atinge-quase-500-pessoas-em-dois-cruzeiros-nos-eua.htm

Britânicos ligam melancia a surto de salmonella

As autoridades sanitárias do Reino Unido levantaram mais uma hipótese para o surto de Salmonella que atingiu partes do país desde dezembro do ano passado, deixando ao menos 50 pessoas feridas e causando uma morte (foram confirmados 15 casos na Alemanha e quatro na Irlanda): melancias importadas do Brasil, que vende cerca de seis toneladas da fruta por ano para os britânicos, podem ser a causa das contaminações, segundo o repórter Filipe Cury.

A melancia foi cortada antes de deixar o país, o que justificaria a salmonella, e os responsáveis pela segurança sanitária do Reino Unido pedem que, para evitar novos casos (que atingem muitas mulheres com filhos pequenos), a população lave as frutas antes do consumo. Para minimizar o medo dos britânicos, o governo ainda revelou que a única vítima fatal deste surto já tinha outras doenças, o que agravou o quadro.

Fonte: Jovem Pan Online | Disponível em: http://jovempan.uol.com.br/noticias/saude/2012/02/britanicos-ligam-melancia-a-surto-de-salmonella.html

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

MAPA estabelece novos critérios para Avermectinas

O Ministério da Agricultura (MAPA) por meio da Instrução Normativa SDA Nº 48, publicada em 11 de dezembro de 2011, restringiu o uso de produtos antiparasitários que contenham princípios ativos das Avermectinas (Segundo a IN Nº 6 PNCRC, Avermectinas: Abamectina, Doramectina, Ivermectina, Eprimomectina, Moxidectina), nos quais o período de carência ou de retirada descrito nos rótulos seja maior do que 28 dias. A nova regra se aplica em bovinos de corte criados em regimes de confinamento e semi-confinamento, assim como em animais criados no regime extensivo, em fase de terminação.

Em 2009 o Brasil perdeu mais de R$ 100 milhões em exportações de carnes para os EUA, em função da detecção destes produtos, acima dos limites estabelecidos por aquele país, na carne brasileira. A polêmica se instalou, pois o Brasil segue as recomendações do Codex Alimentarius (organismo internacional que serve de referências para questões relacionadas a contaminação de alimentos). Porém os embargos americanos têm provocado não só prejuízos diretos nas exportações, como também indiretos pela perda de credibilidade junto a outros clientes internacionais.

A preocupação com os riscos da contaminação dos alimentos também ocorre com os consumidores do mercado interno que representam aliás, mais de 75% do consumo da produção nacional de carnes, portanto esta medida é especialmente benéfica principalmente para os consumidores brasileiros.

Desde a década 80 o Brasil vem normatizando a questão de resíduos de drogas veterinárias em alimentos tanto MAPA através do Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal - PNCRB, quanto a ANVISA através do Programa Nacional de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos - PAMVet . Tais programas   têm a preocupação de monitorar o uso de medicamentos veterinários em animais de produção de alimentos, cujos resíduos poderiam significar risco à saúde pública.

O que são Avermectinas? 
Avermectinas é a denominação dada a um grupo de substâncias químicas produzidas pelo do fungo Streptomyces avermectilis. Participam do grupo das Avermectinas as substâncias Abamectina, doramectina e ivermectina.  Estas substâncias possuem uma forte atividade antiparasitária, apesar de usadas em baixas dosagens e uma única aplicação. Podem ser utilizadas tanto por via oral como injetável. 

A Bioagri Alimentos- Silliker realiza análises de Avermectinas ( Ivermectina, Abamectina, Doramectina e Eprinomectina )  em matrizes de origem bovina e leites.

Para mais informações consulte nossa equipe técnica.
Telefone: (11) 5645 4700   | e-mail: alimentos@bioagrialimentos.com.br

Instrução Normativa define padrões de classificação do azeite e óleo de oliva

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou na última quarta-feira  (01/02/12) a Instrução Normativa Nº 1 - clique aqui para acessar - que define padrões oficiais de classificação do azeite de oliva e do óleo do bagaço de oliva. A primeira legislação nacional sobre o tema aborda os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a rotulagem. De acordo com o coordenador de Qualidade Vegetal do MAPA, Fábio Fernandes, a elaboração do Regulamento Técnico teve início a partir da percepção de que havia demanda para a padronização desses produtos, desde 2008.
O azeite e o óleo de bagaço de oliva serão classificados com base em parâmetros como matéria-prima, processos de obtenção, percentual de acidez e tecnologia aplicada para extração, podendo ser enquadrados nos grupos: Azeite de Oliva Virgem, Azeite de Oliva, Azeite de Oliva Refinado, Óleo de Bagaço de Oliva e Óleo de Bagaço de Oliva Refinado. Além disso, também serão especificados por tipo, como Azeite de Oliva Extra Virgem, Virgem e Lampante, sendo este de qualidade inferior, com destinação não permitida diretamente para alimentação humana.

Fernandes ressalta que os laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura passaram por um processo de adequação e estão preparados para atender às exigências do novo regulamento. No processo de importação, caberá aos fiscais verificar os parâmetros de qualidade do produto, com a conferência do que está especificado no padrão vigente. Caso o azeite de oliva ou óleo de bagaço de oliva não cumpra os limites estabelecidos na legislação, serão solicitados testes mais aprofundados para indicar a identificação correta.

"A legislação irá proporcionar ao consumidor a informação correta sobre a qualidade dos produtos, pois harmoniza os conceitos e fixa terminologias", enfatiza o coordenador. Além disso, o novo padrão contribui para o desenvolvimento do setor, evitando fraudes ou a publicação de dados incorretos nas embalagens. A indústria e as importadoras de azeite de oliva e óleos de bagaço de oliva terão 180 dias para se adequarem ao Regulamento Técnico, a partir da data de publicação.

Saiba mais

Por definição, azeite é o produto obtido somente do fruto da oliveira, excluído todo e qualquer óleo obtido pelo uso de solventes, por processo de re-esterificação ou pela mistura com outros óleos, independentemente de suas proporções.

Óleo de bagaço de oliva é o produto obtido do bagaço do fruto da oliveira tratado fisicamente ou com solvente, excluído também todo e qualquer óleo obtido por outros processos.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) | Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/vegetal/noticias/2012/02/azeite-e-oleo-de-oliva-ganham-padrao-oficial

Anvisa publica cartilha com orientações para trabalhadores rurais sobre como evitar intoxicação com agrotóxicos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma cartilha com orientações para trabalhadores rurais que trabalham com agrotóxicos. O objetivo é que eles saibam como evitar intoxicações.
De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmcaológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, foram registradas 188 mortes por agrotóxicos e 11.641 casos de intoxicação. O agrotóxico de uso no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, que somaram 26.540 registros no mesmo ano.
A cartilha cita quais são os principais sintomas de intoxicação aguda, seja pela respiração, boca ou contato com a pele, e como a pessoa deve agir. Alguns dos efeitos são inchaço no corpo, alergias, dor de cabeça, câimbras, vômitos, dificuldade de respirar e irritação na pele. Nos casos agudos, a contaminação pode provocar impotência, aborto e depressão.
O material orienta o agricultor a comprar o agrotóxico seguindo as recomendações de um agrônomo, que vai indicar a substância adequada para o tipo de plantação e a dose certa. Outras dicas são sobre o transporte, armazenamento e descarte correto das embalagens.
De acordo com a Anvisa, 20 mil exemplares da publicação foram distribuídos para as vigilâncias sanitárias estaduais, a Associação Brasileira de Supermercados, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e os ministérios da Agricultura e Saúde.
A cartilha também está disponível no site da Anvisa.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

EUA detectam fungicida proibido em suco de laranja do Brasil

O Carbendazim está proibido nos EUA, mas é permitido e utilizado em outros países, como no Brasil, para evitar pragas

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (27/1) que detectou vestígios de um fungicida vetado no país em vários carregamentos de suco de laranja procedentes do Brasil e do Canadá.

As autoridades americanas, que barraram noves dos 80 carregamentos de suco de laranja submetidos a testes desde o início do mês, reiteraram que seu consumo não representa um risco para a saúde.

O fungicida carbendazim está proibido nos EUA, mas é permitido e utilizado em outros países, como no Brasil, para evitar pragas.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) não autoriza o uso deste produto químico em laranjas, que estudos com animais vincularam ao alto risco de tumores no fígado. O maior vestígio deste fungicida registrado nos carregamentos barrados foi de 52 partes em 1 bilhão, muito abaixo do máximo residual estipulado pela União Europeia de 200 partes por 1 bilhão.

Os EUA ressaltaram que impedirão a entrada no país de mostras que contenham mais de 10 partes por 1 bilhão, já que abaixo desse nível não são detectáveis. A venda de suco de laranja brasileiro nos EUA é alvo de críticas de produtores americanos e já foi motivo de uma disputa que levou os países à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em 2008, os americanos passaram a aplicar medidas antidumping sobre o suco brasileiro, alegando que o produto era vendido nos EUA por um preço menor que no mercado brasileiro.

O Brasil recorreu contra essas medidas na OMC, que decidiu em favor dos produtores brasileiros.


Fonte: Globo Rural | Disponível em: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI291731-18077,00-EUA+DETECTAM+FUNGICIDA+PROIBIDO+EM+SUCO+DE+LARANJA+DO+BRASIL.html